Para que serve o PIX? Como usar?
Se o potencial dos métodos digitais de pagamento já parece grande, o do PIX, o sistema de pagamento instantâneo controlado pelo próprio Banco Central do Brasil, é enorme, não só porque terá um maior ecossistema, mas porque também terá um custo muito menor. O PIX já conta com 980 instituições financeiras para a fase de testes, sendo 32 com mais de 500 mil clientes cada, e pretende cobrar apenas R$0,01 a cada dez transações, custo ainda não experimentado no mercado brasileiro.
PIX do Banco Central: o que é?
Em países onde os pagamentos instantâneos começaram, são milhões de pessoas que estavam nos bancos de dados desses serviços . No Brasil, esse número pode chegar a 20 milhões no primeiro ano. E o PIX tem potencial para movimentar R$48 bilhões e atingir 3,3 bilhões de transações por ano, repondo caixa e também capturando parte das operações de débito e transferência.
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É uma estimativa inicial para um serviço que começará primeiro com as transações entre as pessoas e, em seguida, adicionará novos recursos. Mesmo modesta se olharmos o que as carteiras digitais já fazem no Brasil, com bilhões em transações e participação significativa no mercado, como no caso da PicPay.
A previsão, portanto, pode evoluir rapidamente dependendo do desenvolvimento de soluções pelas instituições e da adoção do sistema pelos usuários brasileiros. Em todo o mundo, os sistemas de pagamentos instantâneos já respondem por US$ 30 trilhões em transações em mais de 20 países.
Como funciona o pagamento instantâneo PIX?
O PIX permite transferências e pagamentos entre pessoas, empresas e governo, a qualquer hora do dia, inclusive em feriados, em até 10 segundos. As transações acontecem por meio da leitura de um QR Code ou de informações como um e-mail, um número de celular ou um número de identificação.
Para viabilizar esse tipo de transação, as instituições financeiras e fintechs deverão oferecer o pagamento instantâneo entre suas opções de aplicativos.
Por que usar o meio de pagamento PIX?
A pandemia do COVID-19 fez com que os métodos de pagamento sem contato ganhassem impulso, mesmo em países emergentes como o Brasil, onde os pagamentos eletrônicos respondem por pouco menos da metade do consumo das famílias. Assim como o e-commerce afirma ter evoluído três anos em três meses, para dizer o mínimo, a mesma transformação deve ocorrer no setor bancário quando se trata de pagamentos instantâneos.
Outro comportamento que tende a se acelerar com a pandemia é o uso do smartphone para transações financeiras. Seguindo a tendência dos últimos anos, as transações feitas por meio de dispositivos móveis cresceram, e estão se tornando o principal meio de pagamento. E estas transações podem facilmente serem substituídas pelo PIX.
Onde os pagamentos instantâneos já funcionam? Como mudou o mercado?
Estudando o comportamento dos consumidores em alguns dos mercados onde o pagamento instantâneo já funciona, como Reino Unido, Noruega, Suécia e Cingapura, o uso do cartão de débito diminuiu significativamente.
É com o cartão de débito que se dá a maior competição e onde realmente cresce o pagamento instantâneo, junto com a redução do uso de dinheiro e a reposição de transferência. O quanto o PIX irá capturar de cada um desses métodos dependerá dos esforços das instituições envolvidas.
A tendência é que, com o tempo, o próprio pagamento se torne algo invisível. Soluções de pagamento instantâneo chegaram para isso. Mas isso só vai funcionar se as quase 1.000 empresas que já se juntaram ao PIX trabalharem duro na educação dos usuários, afinal, elas ainda não entenderam o que é pagamento instantâneo.
Parte da revolução do sistema de pagamento instantâneo é que ele tornará as operações mais baratas. O Banco Central pretende cobrar R$0,01 a cada dez transações realizadas, custo ainda não experimentado no mercado brasileiro. Um repasse feito hoje pelos canais bancários custa ao cliente de R$2,30 a R$143,25.
Em geral, o custo das transações pode diminuir entre 10% a 40%, segundo analistas, porque o PIX também elimina uma série de intermediários que hoje existem nos meios de pagamentos físicos. Para as pequenas e médias empresas, isso se traduz na redução da necessidade de capital de giro.
O que acharam do PIX? Já se cadastraram? Como usam?
Sobre o autor
Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.
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